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Papa Francisco deixa sua marca na mobilização global pelo clima e no Acordo de Paris

Papa Francisco deixa legado significativo na luta contra as mudanças climáticas, unindo fé e justiça social. Sua encíclica "Laudato Si'" influenciou o Acordo de Paris e promoveu a conscientização sobre a urgência ambiental.

Jorge Mario Bergoglio, o papa Francisco, foi eleito em 2013 com uma visão de justiça humana e igualdade, optando pelo nome em homenagem ao santo da ecologia.

Em 2015, ele lançou a encíclica Laudato Si', a primeira sobre aquecimento global, conectando ciência climática, desigualdade e consumismo. A carta, com 40.000 palavras, destacou: "A Terra, nossa casa, está começando a se parecer cada vez mais com um imenso monte de lixo".

Francisco defendeu a transição para energia limpa como um "dever" e criticou a negação climática. A encíclica foi fundamental para o Acordo de Paris de 2015, com apoio do secretário-geral da ONU, António Guterres.

O papa se envolveu nas negociações climáticas, ajudando a incluir a Nicarágua e enfatizando a justiça climática e os direitos indígenas, elementos que tornaram o Acordo um imperativo moral.

Apesar do apoio de muitos, suas críticas ao capitalismo e tecnologia geraram oposição entre conservadores. Apenas um terço dos católicos nos EUA conhece a encíclica e muitas dioceses adotaram a Plataforma de Ação Laudato Si', visando sustentabilidade.

O Movimento Laudato Si' treinou cerca de 20.000 líderes locais e promoveu a luta contra as mudanças climáticas. O papa, mesmo hospitalizado, incentivou a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil a liderar esforços para a COP30.

Defensores esperam que o compromisso de Francisco pela ação climática perdure, independentemente de quem o suceda. “Sua mensagem ressoou com muitos e estimulou ações significativas”, concluiu Reba Elliott, diretora do movimento.

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