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Panamá permite tropas dos Estados Unidos em áreas de acesso ao canal do Panamá

Acordo entre EUA e Panamá permitirá uso conjunto de instalações militares, mas descarta bases permanentes. O presidente panamenho reafirma a soberania do país sobre o canal, diante de pressões e preocupações sobre a influência da China na região.

Tropas dos EUA poderão ser destacadas próximas ao canal do Panamá, com base em um acordo assinado entre os países.

Presidente Trump busca retomar controle da via interoceânica, mas Panamá nega que se tratam de bases militares, relembrando a época anterior a 1999, quando os EUA controlavam a área.

O convênio, assinado pelo ministro de Segurança panamenho, Frank Ábrego, e pelo secretário de Defesa americano, Pete Hegseth, prevê o uso de instalações para treinamento e exercícios.

Hegseth informou a Trump que o pacto de três anos prorrogáveis estabelece uso conjunto das bases, que pertencerão ao Panamá. O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, rejeitou termos como "presença militar permanente" durante as negociações.

Mulino também pediu a atualização de um comunicado que não reconhecia a soberania do Panamá sobre o canal, algo sensível para o país, que desmantelou seu Exército na década de 90.

Protestos contra a presença militar foram registrados, com líderes sindicais acusando o governo de traição à pátria. O Chanceler Javier Martínez-Acha reafirmou que o acordo respeita a Constituição e não cede soberania.

Os EUA veem a operação da empresa Hutchison Holdings nos portos do canal como uma ameaça à segurança. Um investimento por consórcio americano ainda não se concretizou devido a investigações chinesas.

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