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Palestinos mortos sob tiros de Israel ao buscar comida se tornam rotina em Gaza

Conflito em Gaza resulta em mais vítimas civis durante tentativas de acesso a ajuda humanitária. A ONU critica o novo sistema de distribuição de alimentos, que tem gerado mortes e ferimentos entre os palestinos.

Forças Armadas de Israel mataram pelo menos 50 pessoas e deixaram 200 feridas na Faixa de Gaza em 16 de outubro, segundo o Ministério da Saúde local.

Cerca de metade das vítimas foi baleada enquanto tentava receber comida, em incidentes frequentes desde o fim do bloqueio total em maio.

O tiroteio ocorreu durante a entrega de suprimentos pela Fundação Humanitária de Gaza (FHG), a única instituição autorizada por Israel a distribuir ajuda no território.

A ONU e outras organizações se recusam a cooperar com a FHG, alegando parcialidade. Segundo a ONU, entre 320 e 340 palestinos foram mortos e 1.800 feridos entre maio e junho buscando comida.

Israel não comentou o ocorrido, mas anteriormente alegou que os tiros foram de advertência e que o Hamas se infiltra entre civis. A FHG, que distribui alimentos sob proteção militar israelense, já forneceu mais de 3 milhões de refeições sem incidentes.

Ahmed Fayad, um sobrevivente do tiroteio, descreveu a situação como uma armadilha, alertando outros a não se aproximarem.

O chefe da UNRWA, Philippe Lazzarini, destacou o perigo do sistema de distribuição que resulta em mortes de pessoas famintas.

A distribuição de suprimentos, anteriormente gerida pela ONU, foi alterada por Israel, que afirma que a ação permitia desvios de comida pelo Hamas.

Desde o início do conflito em 7 de outubro, quase 55 mil palestinos foram mortos por bombardeios israelenses. A ONU relata que todos os 2 milhões de habitantes de Gaza estão enfrentando insegurança alimentar.

O governo israelense considerou Gaza um "front secundário" da guerra em curso.

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