HOME FEEDBACK

'Pais estão famintos demais para cuidar das crianças': a corrida para liberar ajuda humanitária em Gaza

Crise humanitária em Gaza atinge níveis críticos com alta taxa de desnutrição infantil e falta de acesso à ajuda. A ONU pede urgência na liberação de caminhões com alimentos e medicamentos que estão estacionados nas fronteiras.

A ONU anunciou que tem ajuda humanitária aguardando em Gaza, equivalente a 6 mil caminhões, enquanto a crise de fome se agrava.

Philippe Lazzarini, chefe da Unrwa, revelou que uma em cada cinco crianças em Gaza está desnutrida e muitas estão em risco de morte se não receberem tratamento urgente.

Durante post na rede social X, Lazzarini decidiu alertar que pais estão famintos e incapazes de cuidar de seus filhos. Profissionais de saúde da Unrwa enfrentam condições críticas, com apenas uma refeição diária.

Apelo por ajuda: A Unrwa possui caminhões de suprimentos prontos na Jordânia e Egito, clamando para que Israel facilite a entrada de assistência humanitária.

A OCHA destacou que a ajuda atual é "apenas um fio" em relação às necessidades da população. Frequentemente, civis são alvejados ao se aproximarem de caminhões da ONU.

Israel acusa a OCHA de ter vínculos com o Hamas e anunciou medidas para restringir a atuação da ONG. O Ministério da Saúde de Gaza reportou 113 mortes recentes por desnutrição.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que a queda nos suprimentos é severa, com a "fome batendo à porta de todos". Pelo menos 1.054 palestinos foram mortos enquanto buscavam alimentos.

A Fundação Humanitária da Gaza está distribuindo ajuda usando empresas privadas de segurança em áreas controladas por Israel, uma medida contestada pela ONU por falta de evidências de desvio de recursos.

A médica Aseel Horabi descreve a situação como uma "fome extrema", com pessoas enfrentando um caminho perigoso para acessarem ajuda humanitária: "É uma estrada traiçoeira".

O Cogat afirmou que 70 caminhões descarregaram alimentos na quarta-feira, mas a ONU precisa de 500 a 600 caminhões por dia para atender a população de 2 milhões e enfrenta dificuldades de logística e segurança.

Leia mais em bbc