Pais de estudante morto pela PM denunciam governo de SP à ONU
Casal leva caso do filho assassinado à ONU após alegações de omissão das autoridades brasileiras. Eles denunciarão a gestão estadual por crimes e falhas na investigação do incidente ocorrido em 2024.
Julio Cesar Acosta Navarro e Silvia Mônica Cardenas Prado denunciarão à ONU a gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos) por crimes relacionados à morte de seu filho, Marco Aurélio Cardenas Acosta, de 22 anos, baleado em novembro de 2024.
A denúncia será apresentada na 59ª Sessão do Conselho de Direitos Humanos, em Genebra, de 16 de junho a 9 de julho de 2025.
Os pais mostrarão fotos e vídeos do caso, que ocorreu em um hotel na Vila Mariana, São Paulo, registrado por câmeras corporais dos policiais envolvidos.
Julio, médico cardiologista, e Silvia, médica intensivista, decidiram levar o caso à ONU devido à falta de justiça das autoridades paulistas. “Iremos fazer denúncias por homicídio qualificado, racismo, xenofobia e tortura”, afirmou Julio.
O casal critica a postura do governo, mencionando que nem Tarcísio nem o secretário de Segurança Pública ofereceram desculpas formais. “Lamenta, mas não move nenhum dedo para fazer justiça”, reclama Julio.
O soldado Guilherme Augusto Macedo, autor do disparo, e o soldado Bruno Carvalho do Prado já retornaram às funções na PM. Embora a Polícia Civil e o Ministério Público tenham solicitado a prisão de Macedo, o pedido foi negado pela Justiça.
O Inquérito Policial Militar concluiu que houve homicídio e um procedimento administrativo investiga possíveis transgressões dos policiais.