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Pagamento de juros da dívida pública caminha para ultrapassar marca inédita de R$ 1 tri este ano

Dívida pública brasileira pode chegar a R$ 1 trilhão em pagamentos de juros em 2023. Especialistas apontam a necessidade de um ajuste fiscal para estabilizar a situação e reduzir custos futuros.

Dívida pública atinge marca histórica: A dívida do setor público brasileiro está prevista para superar R$ 1 trilhão em juros ainda este ano, representando 8,4% do Produto Interno Bruto (PIB).

Esse valor é inédito desde 2001, sem expectativa de queda abaixo da média histórica de 6,1% do PIB até 2034.

Dos juros, 90% são atribuídos ao governo central, que busca estabilizar a dívida através de esforços fiscais, segundo o Ministério da Fazenda.

Custo da dívida elevada: O aumento de juros, impulsionado por incertezas fiscais, resultou em maior custo da dívida pública. Desde setembro de 2023, a taxa da dívida líquida subiu de 12,9% para 14,7%, a maior em oito anos.

Tendência de emissão de títulos pós-fixados: O Tesouro optou por títulos que acompanham a Selic para evitar o encurtamento de prazos e garantir maior estabilidade na dívida.

Com 53,6% da dívida atrelada à Selic, qualquer aumento nessa taxa tem reflexo imediato nos encargos da dívida, impactando diretamente o orçamento federal.

Desafios para o futuro: Economistas alertam que, para estabilizar a dívida em 90% do PIB até 2034, é necessário um superávit primário de 2%, algo atualmente improvável, dado que o governo não reserva recursos para esse fim.

Recomendações do mercado incluem o ajuste fiscal e possíveis medidas como o congelamento do salário mínimo, o que indica a necessidade de uma política fiscal mais rigorosa para restaurar a credibilidade e reduzir os prêmios de risco.

A concluir: A gestão eficaz da dívida depende de uma agenda de ajustes fiscais, essencial para alongar prazos e reduzir custos, conforme destacado por especialistas em contas públicas.

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