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Paes defende regra na orla do Rio: “Prefiro perder eleição a ver cidade esculhambada”

Prefeito defende novo decreto que proíbe práticas na orla e promete fiscalização rigorosa. Críticas surgem por parte de comerciantes e frequentadores, que temem impacto negativo na experiência das praias cariocas.

Prefeito Eduardo Paes se reuniu com donos de quiosques e barraqueiros no Teatro Ipanema, após a publicação de um decreto que impõe regras rigorosas para o uso do espaço público nas praias, que entra em vigor no dia 31 deste mês.

O decreto proíbe 16 condutas na orla, como o uso de garrafas de vidro, apresentações de música ao vivo e hasteamento de bandeiras. Paes se declarou responsável pela medida, afirmando que vai "comprar isso pessoalmente", sem medo de perder votos.

Fiscais da prefeitura já estão atuando, obrigando comerciantes a ocultar os nomes das barracas, identificando-as apenas por números, o que tem causado descontentamento entre os donos, como Peter Oliveira, que afirma ser difícil para os clientes reconhecerem suas barracas.

O decreto também proíbe a venda de bebidas em garrafas de vidro, comércio ambulante sem autorização e a ocupação indevida de áreas públicas. A medida tem gerado reações negativas, especialmente sobre a proibição de música nos quiosques, com proprietários alertando que isso pode afetar o movimento e a geração de empregos.

Reações nas redes sociais incluem um abaixo-assinado contra a proibição de música ao vivo, destacando seu papel na experiência cultural da orla. Turistas expressam confusão sobre como se localizar nas barracas apenas pelo número.

A Orla Rio publicou um manifesto, alertando que o decreto prejudica a experiência da praia e silencia a tradição musical. Para debater o assunto, a Câmara de Vereadores realizará uma audiência pública nesta terça-feira, visando aprimorar o texto do Projeto de Lei 488/2025, que propõe um Estatuto da Orla do Rio.

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