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Pacote alternativo ao IOF tem Fundeb e benefícios tributários na mira

Governo Lula busca consenso no Congresso para alternativas ao aumento do IOF, após pressão do mercado e do setor produtivo. Propostas incluem ajustes no Fundeb e limitações a supersalários, com a intenção de evitar conflitos e garantir sustentabilidade fiscal.

O governo Lula apresentou proposta ao Congresso para evitar a alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), após reações negativas. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou alinhamento entre Executivo e Legislativo, mas ações serão discutidas após reunião com líderes no domingo.

A proposta inclui:

  • Alterações no Fundeb: a complementação da União pode subir de 21% para 23%
  • Redução dos benefícios tributários com efeitos a partir de 2026
  • Limite a supersalários do funcionalismo público

Haddad trabalhará em ajustes técnicos antes da reunião, mas não confirmou a revogação do decreto do IOF, indicando espaço para "calibragens" no futuro.

O objetivo é apresentar propostas à sociedade na próxima semana, garantindo que o Congresso esteja convencido da consistência macroeconômica das medidas.

O governo precisa arrecadar R$ 19 bilhões com o IOF, que foi elevado sobre operações financeiras. Após pressão do Congresso, que apresentou 20 projetos para sustar a medida, a equipe econômica busca alternativas

Durante o almoço no Alvorada com líderes do Legislativo, houve forte demonstração de unidade. Alcolumbre e Motta enfatizaram a importância do diálogo e da maturidade política.

O governo, além do IOF, já congelou R$ 31,3 bilhões para cumprir regras fiscais; a previsão é de um déficit de R$ 31 bilhões este ano. Um pacote para aumentar a arrecadação com o setor de petróleo também está em discussão.

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