Ovo sobe 25% no ano, mas começa a cair; veja capitais com maiores variações

Preço do ovo de galinha caiu 3,98% em maio, segundo o IPCA. No acumulado do ano, a inflação é de 24,83%; e nos últimos 12 meses, 13,5%.

A ABPA afirma que essa queda era esperada, pois durante a quaresma a demanda por ovos aumenta, elevando os preços. Após esse período, a procura tende a diminuir, resultando em preços mais baixos.

A queda foi observada em todas as regiões metropolitanas analisadas pelo IBGE, embora os preços ainda estejam elevados em comparação ao início do ano. As menores quedas foram em Fortaleza (CE) (-1,99%), São Paulo (SP) (-2,1%) e Curitiba (PR) (-3%).

Em Salvador (BA), o preço subiu 16,42%, e em Rio de Janeiro (RJ) e Rio Branco (AC), 16,58%.

No acumulado de 12 meses, todas as capitais registraram alta de preço do ovo. Os maiores aumentos foram em Curitiba (23,51%), Campo Grande (21,63%) e São Paulo (20,16%). As menores altas ocorreram em Recife (1,8%), Rio Branco (2,64%) e Belém (7,64%).

A ABPA destaca que custos de insumos como embalagens podem impactar os preços. No curto prazo, não se esperam mudanças significativas. No mercado produtor, sinais de queda foram observados nos últimos dois meses.

A pesquisadora Claudia Scarpelin, do Cepea, indica que não há expectativa de altas expressivas e que a gripe aviária não deve afetar os preços, pois as exportações tiveram recorde em maio.

O próximo inverno pode reduzir a produção devido à menor produtividade das galinhas, o que poderia afetar preços dependendo da demanda.

No início de junho, o preço do ovo subiu para os produtores, mas a pesquisadora observa que essa alta pode não chegar ao varejo, pois o repasse de preços costuma ser lento.