Ouro se recupera e sobe na semana com aposta de corte nos juros pelo Fed
Ouro registra leve alta após dados de emprego nos EUA e efeitos das tarifas sobre o dólar. Expectativas de cortes nas taxas de juros podem beneficiar a commodity nos próximos meses.
O contrato futuro do ouro na Nymex fechou a semana em leve alta nesta sexta-feira (1).
Fatores que influenciaram o resultado:
- Aumento dos riscos associados ao dólar devido a tarifas especiais sobre produtos.
- Resultados de emprego nos EUA apontando para um possível corte na taxa de juros
Na sexta-feira (1), a onça-troy com entrega em agosto subiu 0,37% desde segunda-feira (28), sendo negociada a US$ 3.347,7, maior nível em cerca de dois meses.
A semana foi conturbada com os seguintes eventos:
- Queda inicial nos preços da onça-troy.
- Oscilações nas tarifas, incluindo tarifas para produtos brasileiros com 694 exceções.
- Alta de 1,65% na sexta (1).
A decisão do Federal Reserve de manter a taxa de juros estável em 4,25% e 4,50% contribuiu para uma leve queda nos preços durante a semana.
O presidente Jerome Powell não indicou a flexibilização das taxas, adiando as expectativas de corte para o final de 2025. Isso limitou os ganhos do ouro, que é menos atraente com taxas de juros altas.
O relatório de emprego “payroll” trouxe dados negativos, com apenas 73 mil vagas criadas em julho, abaixo das expectativas. Revisões reduziram em 258 mil vagas os empregos formais nos meses anteriores.
Analistas do ING preveem que a pressão sobre o mercado de trabalho resultará em cortes de juros mais cedo. A expectativa de cortes tende a beneficiar o ouro, já que o metal não gera rendimento.
Pelo menos uma alta significativa na procura por ouro é impulsionada por bancos centrais, especialmente em mercados emergentes, e investidores em ETFs.
A Goldman Sachs prevê que o ouro atinja US$ 3.700 por onça até o final de 2025, com potenciais altas de até US$ 3.880 em caso de recessão.