Ouro dispara após ataques aéreos de Israel contra o Irã
A escalada das tensões entre Israel e Irã impulsiona a procura por ativos seguros, elevando o preço do ouro em meio a incertezas geopolíticas. Enquanto a guerra no Oriente Médio se intensifica, investidores buscam proteção contra riscos econômicos.
Ouro dispara após ataques aéreos de Israel no Irã
O ouro teve um aumento de até 1,7% após Israel realizar ataques aéreos contra instalações nucleares do Irã, gerando temores de um possível conflito regional.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que a operação seguirá até que a ameaça seja eliminada. O Irã prometeu uma resposta severa e enviou drones em direção a Israel.
Os EUA não participaram dos ataques, segundo o secretário de Estado Marco Rubio, mas o Irã ameaça retaliar também contra os Estados Unidos.
Atualmente, o ouro é negociado cerca de US$ 80 abaixo do recorde de US$ 3.500,10 por onça, alcançado em abril. Os contratos futuros de cobre, um indicador de crescimento econômico, caíram 1%.
Segundo Charu Chanana, da Saxo Capital Markets Pte, o aumento do risco de retaliação iraniana intensifica a busca por ativos de refúgio, como o ouro, que já valorizou 30% neste ano.
A alta do ouro também reflete dados fracos sobre inflacão e emprego nos Estados Unidos, aumentando as apostas de que o Federal Reserve pode cortar juros ainda em 2023. O ouro tem se mostrado como um ativo seguro em tempos de tensões geopolíticas e incertezas econômicas.
Mark Andersen, do UBS, destacou que o ouro tem sido uma adição valiosa aos portfólios diante das crescentes tensões no Oriente Médio e preocupações de inflação.