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Ouro atrai investidores, ultrapassa euro e só perde para dólar como 'porto seguro', diz BCE

Ouro se destaca como ativo de reserva, superando euro em importância global. Compra recorde por bancos centrais reflete busca por segurança em meio a incertezas geopolíticas e econômicas.

Ouro ultrapassa euro como segundo ativo de reserva para bancos centrais, com compras recordes e aumento de preço, segundo o BCE.

O metal precioso representou 20% das reservas oficiais globais em 2023, superando os 16% do euro e ficando atrás apenas do dólar dos EUA, que tem 46%.

Em 2024, os bancos centrais adquiriram mais de 1.000 toneladas de ouro, marcando o terceiro ano consecutivo de crescimento, equivalente a um quinto da produção anual global e o dobro da década de 2010.

O estoque global de ouro dos bancos centrais chegou a 36 mil toneladas em 2024, próximo dos picos históricos da era Bretton Woods. Entre os grandes compradores estão Índia, China, Turquia e Polônia.

O aumento de 30% no preço do ouro em 2023 e a alta de 27% em 2024 ajudaram a consolidar sua posição como o segundo maior ativo de reserva, atrás apenas do dólar.

A demanda por ouro cresceu após a guerra na Ucrânia, servindo como proteção contra sanções. A análise do BCE mostrou que muitos países aumentaram suas reservas de ouro em resposta a riscos geopolíticos.

Uma pesquisa revelou que motivos como preocupações com sanções, mudanças no sistema monetário global e a necessidade de reduzir a dependência do dólar influenciam a compra de ouro, especialmente em países em desenvolvimento.

Historicamente, o ouro se tornava mais barato com o aumento dos juros; no entanto, desde 2022, os investidores o veem como proteção contra risco político.

O BCE acrescenta que novos aumentos na demanda oficial por reservas de ouro podem levar a um crescimento na oferta global de ouro.

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