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‘Ou se faz alguma coisa, ou o País vai parar’, diz Salto, especialista em contas públicas

Economista destaca que medidas fiscais anunciadas são um passo positivo, mas insuficientes sem cortes nas despesas públicas. Ele alerta para o risco de um shutdown fiscal em 2024 se o Congresso não colaborar com as propostas.

Felipe Salto, economista-chefe da Warren Investimentos, vê as novas medidas fiscais como uma evolução que pode aliviar a crise fiscal, mas critica a falta de cortes nos gastos públicos.

Ele ressalta que o Congresso precisa assumir seu papel, afirmando que a situação está crítica: "ou se faz alguma coisa, ou o País vai parar". Um shutdown da máquina pública é um risco real para o próximo ano se as medidas não forem aprovadas.

Salto menciona que, apesar do anúncio de medidas, não houve contribuição do Congresso, e as emendas parlamentares permaneceram intactas. Ele observa que a revisão dos gastos tributários foi significativa, mas as medidas não são suficientes para solucionar completamente o problema fiscal.

No entanto, ele alerta que as propostas focam em 2026 e dependem da ajuda do IOF e outras tributações, como a nova alíquota do JCP. A incapacidade do Congresso de apoiar a reforma tributária é uma grande preocupação.

Salto critica a resistência do Congresso em revisões que não agradam a todos, destacando a pressão do agronegócio e outros setores que se beneficiam de isenções fiscais. Ele considera que a situação fiscal exige ações urgentes e não paliativas.

Ele finaliza dizendo que, mesmo com os avanços, o governo ainda enfrenta desafios. É uma questão de manter a contenda fiscal e buscar consenso sobre os gastos, que ainda não teve progresso significativo.

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