HOME FEEDBACK

Os trabalhadores mais ameaçados por tarifaço de Trump: 'Não vamos sobreviver'

Trabalhadores da indústria de vestuário na Ásia enfrentam incertezas diante das novas tarifas de importação dos EUA, com muitos temendo demissões em massa. Países como Camboja e Sri Lanka, altamente dependentes do mercado americano, buscam negociar condições menos severas.

Trabalhadores da Indústria de Vestuário na Ásia estão apreensivos quanto ao futuro de seus empregos devido às novas tarifas punitivas impostas pelos Estados Unidos. O prazo para que os países cheguem a um acordo comercial se aproxima.

No dia 9 de julho, o presidente Donald Trump notificou várias nações, incluindo Brasil, sobre tarifas de importação que começarão a vigorar em 1° de agosto.

O Camboja e o Sri Lanka, importantes centros de produção de roupas, enfrentam tarifas de 36% e 30%, respectivamente. As empresas americanas como Nike e Levi's dependem desses países para abastecer suas linhas de produção.

Funcionários como Nao Soklin, do Camboja, expressam preocupação com a perda de empregos e a necessidade de sustentar suas famílias. O setor emprega 900 mil pessoas no Camboja e 350 mil no Sri Lanka.

As exportações do Camboja para os EUA totalizaram US$ 3 bilhões em 2022, enquanto o Sri Lanka obteve US$ 1,9 bilhão em 2024. A indústria é vital para a economia de ambos os países.

Apesar das tentativas de negociação para reduzir as tarifas, autoridades ainda não divulgaram um patamar aceitável. O Camboja busca uma tarifa zero, mas enfrentam desafios nas negociações.

Trump defende que as tarifas são necessárias para corrigir o balanço comercial, mas analistas afirmam que elas ignoram os benefícios dos acordos comerciais existentes.

A pressão sobre as mulheres, que constituem 70% da força de trabalho do setor, deve aumentar. Trabalhadoras como Surangi Sandya no Sri Lanka e An Sopheak no Camboja expressam a sensação de insegurança e a possibilidade de fechamento das fábricas.

Com a iminência das tarifas, muitos podem procurar oportunidades de trabalho no exterior, mesmo ilegalmente, para garantir a sobrevivência de suas famílias, clamando por uma intervenção do presidente Trump para suspender as tarifas.

Leia mais em bbc