Os impactos de uma nova regulação do setor de transporte marítimo
Aprovada a primeira regulação global de emissões de carbono para o transporte marítimo, a iniciativa busca estabelecer metas obrigatórias até 2050. A medida promete incentivar a pesquisa em tecnologias limpas e fortalecer a transição energética em um cenário geopolítico desafiador.
Em 11 de abril, a IMO (International Maritime Organization) aprovou a 1ª regulação global de redução de emissões de carbono para o setor marítimo. A iniciativa conta com a adesão de 108 países e determina um teto de emissões para as embarcações.
A regulação é um marco positivo, pois:
- Cria precedentes para outras indústrias.
- Estabelece metas obrigatórias de redução de emissões de CO₂.
- Incentiva a transição energética.
As novas metas devem ser aprimoradas e implementadas até 2028, e as embarcações que não cumprirem poderão sofrer penalidades, como multas ou perda de bandeira de navegação.
A regulação incluiu:
- Metas de redução progressiva até 2050.
- Precificação das emissões excedentes, variando de USD 100 a USD 280 por tonelada de CO₂.
A Icao também poderá adotar metas mais rigorosas, enquanto o BIS trabalha para mitigar riscos financeiros climáticos, enfatizando a importância de regulamentações eficazes.
A partir de 2028, a expectativa é arrecadar pelo menos USD 10 bilhões anuais para pesquisa e desenvolvimento de tecnologias limpas, beneficiando setores como biocombustíveis e hidrogênio verde, onde o Brasil se destaca.
Apesar das críticas, especialmente de países vulneráveis ao aquecimento global, a regulação da IMO amplia as possibilidades na luta pela transição energética, sinalizando um compromisso global na redução de emissões de carbono.