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Os EUA sempre se meteram no Brasil e o crucial nunca foi a “soberania”

A visita de William Burns ao Brasil destacou a influência dos Estados Unidos nas decisões políticas internas do país. A relação entre Brasil e EUA, marcada por interesses geopolíticos, continua a polarizar a política nacional em meio a um contexto internacional complexo.

Em julho de 2021, o então chefe da CIA, William Burns, visitou Brasília para reuniões com o presidente Bolsonaro e ministros. O recado do governo Biden foi claro: Bolsonaro não deveria questionar as eleições.

Esse fato levantou questões sobre a intromissão do governo dos EUA em assuntos brasileiros e a usurpação da soberania. O Brasil é o único país do Brics sob influência direta dos Estados Unidos, o que complica a situação.

Embora as sanções do governo Trump tenham sido prejudiciais, é necessário buscar soluções ao invés de apenas apontar culpados. O atual presidente brasileiro defendeu a desdolarização e criticou abertamente o governo dos EUA, o que elevou a tensão nas relações bilaterais.

Historicamente, o Brasil oscilou em momentos decisivos, como na 2ª Guerra Mundial e na Guerra Fria. No passado, o país optou por um lado baseado em vantagens concretas, não apenas ideológicas.

Os EUA oferecem adesão e submissão para evitar conflitos, enquanto o que o Brasil obtém com o Brics permanece incerto. A história mostra que falar em soberania é fácil, mas o poder geopolítico dos EUA frequentemente se sobrepõe. O presidente Geisel enfrentou pressões dos EUA, refletindo o desafio que é disputar poder com uma superpotência.

No mundo real, é arriscado se tornar inimigo de um país muito mais poderoso, onde a força tende a ser mais dissuasiva do que a razão.

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