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Os bastidores da decisão de Harvard de lutar contra Trump

Harvard se recusa a seguir exigências do governo Trump e opta pela defesa da sua independência acadêmica. Universidades enfrentam pressões cada vez maiores, enquanto a luta entre a Casa Branca e instituições de elite se intensifica.

Harvard desafia governo Trump

No final da semana passada, autoridades da Universidade Harvard tentavam entender as exigências do governo Trump para combater o antissemitismo. Entre as demandas, o governo pediu: proibição de uso de máscaras e mudanças profundas nas operações, admissões e contratações da universidade.

Harvard respondeu rapidamente, em menos de 72 horas, com um categórico “não”. A decisão refletiu preocupações sobre a independência e missão da universidade, que possui 388 anos de história. O reitor, Alan M. Garber, afirmou que nenhum governo deve ditar o que as universidades podem ensinar ou quem podem admitir.

Como consequência, o governo retaliou com um congelamento de US$ 2,2 bilhões em financiamento federal e ameaçou questionar o status de isenção fiscal de Harvard. As exigências incluíam auditorias, revisão de políticas de diversidade e relatórios anuais até 2028.

A reputação e legado de Harvard foram considerados mais importantes que a segurança financeira. Lawrence H. Summers, ex-reitor, comparou a pressão do governo ao período de McCarthy. A universidade preparou um site para destacar suas contribuições sociais e iniciou um confronto significativo com a administração Trump, trazendo alívio e aplausos em sua comunidade acadêmica.

Harvard permanece atenta, especialmente após a experiência da Universidade Columbia, que cedeu a pressões similares, mas não teve sucesso em restaurar seu financiamento. A disputa com o governo Trump coloca em risco sua relação com a administração e o financiamento federal, que é vital para suas pesquisas.

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