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Os bastidores da decisão de Harvard de lutar contra Trump

Harvard se recusa a cumprir exigências do governo Trump e reafirma seu compromisso com a independência acadêmica. A universidade enfrenta a possibilidade de multas e congelamento de bilhões em financiamento federal como resultado de sua decisão.

Harvard rejeita exigências do governo Trump sobre antissemitismo

Na semana passada, Harvard recebeu novas exigências do governo Trump para combater o antissemitismo, incluindo a proibição de máscaras durante manifestações. Em resposta, a universidade respondeu ‘não’ em menos de 72 horas.

As lideranças de Harvard consideraram que as propostas do governo representavam uma ameaça à sua independência e missão. Mesmo com o impacto financeiro potencial de congelar US$ 2,2 bilhões em financiamento federal, Harvard decidiu lutar.

O reitor Alan M. Garber declarou: “Nenhum governo deve ditar o que as universidades privadas podem ensinar”. A resposta da universidade chocou outros líderes acadêmicos, que não esperavam tal confronto.

O governo retaliou com ameaças de congelamento de financiamento adicional de quase US$ 7 bilhões, além de questionar o status de isenção fiscal de Harvard. As exigências foram consideradas um ataque à inclinação liberal do ensino superior.

As autoridades federais indicaram que a proposta inicial visava a recuperação de direitos intelectuais e civis, mas as exigências se tornaram amplas e intrusivas, incluindo auditorias e mudanças em políticas de diversidade.

O ex-reitor Lawrence H. Summers comparou a situação ao governo McCarthy e alertou sobre a gravidade das exigências. Harvard respondeu com um site explicando suas contribuições, destacando sua resistência.

A universidade, com um fundo patrimonial de US$ 53 bilhões, ainda enfrenta desafios financeiros e operacionais. Harvard tem um histórico de adaptação, mas a atual postura pode redefinir sua relação com o governo dos EUA.

A disputa despertou esperança entre muitos no campus, pois demonstrou uma disposição em defender seus princípios, mesmo frente a pressões externas. A decisão de Harvard ressoa em todo o setor acadêmico, onde o conflito com o governo continua a crescer.

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