Os bancos morrem no caixa
O caso do Banco Master evidencia a fragilidade do sistema bancário frente à falta de liquidez e à desconfiança do mercado. A situação atual remete a crises passadas, onde a confiança é fundamental para evitar corridas bancárias e colapsos institucionais.
A fragilidade do sistema bancário é intensificada pela tensão entre ativos incertos e passivos certos.
A confiança é essencial, e a liquidez, sua linha vital. Quando esta é interrompida, um banco não apenas quebra — ele pode colapsar.
O caso do Banco Master exemplifica essa tensão; a instituição enfrenta dificuldades para cumprir compromissos, especialmente com CDBs. Embora solvente, a falta de liquidez imediata é preocupante.
Quando os passivos vencem, o banco precisa de liquidez, e a preocupação sobre o suporte do Banco Central surge. Em crises passadas, como em 1986, o Brasil enfrentou desafios semelhantes, levando à liquidação de 3 bancos ao mesmo tempo.
A falta de garantias institucionais naquele momento causou uma corrida bancária generalizada. A intervenção de Dilson Funaro trouxe certa estabilidade ao declarar que a situação estava sob controle.
Hoje, com o FGC e regras mais rígidas, o Brasil possui um sistema bancário mais robusto. No entanto, as lições permanecem: a confiança é vital, e a fiscalização do BCE é crucial.
A situação do Banco Master evidencia que não é apenas a insolvência imediata, mas a expectativa futura que gera tensão. Se não houver liquidez quando os CDBs vencerem, o pânico se instalará.
No final, a sobrevivência de um banco depende da qualidade de sua gestão, confiança e solidez de financiamento. Sem isso, o destino é claro: o banco morre no caixa.