Os animais minúsculos que estão ajudando a reduzir o aquecimento global
Pesquisadores destacam o papel crucial do zooplâncton no combate ao aquecimento global, mostrando que sua migração ajuda a armazenar grandes quantidades de carbono. No entanto, as ameaças como a mudança climática e a pesca comercial podem comprometer esse importante aliado ambiental.
Estudo revela que zooplâncton luta contra o aquecimento global
Um animal minúsculo, o zooplâncton, tem um papel crucial na proteção do planeta contra o aquecimento global ao realizar sua migração. Pesquisas mostram que eles armazenam carbono que, de outra forma, aqueceria a atmosfera, equivalente a 55 milhões de carros a gasolina.
Durante a primavera, o zooplâncton engorda e mergulha em profundidades do Oceano Antártico, queimando gordura e retendo carbono. Guang Yang, do estudo, afirma que os resultados são extraordinários. No entanto, o zooplâncton enfrenta crescentes ameaças.
Embora sejam vitais, esses animais são pouco valorizados em comparação com outros da Antártida, como baleias e pinguins. O zooplâncton, como os copépodes, vive na escuridão do oceano e menosprezado, mas é essencial na absorção de dióxido de carbono.
A pesquisa revela que o zooplâncton contribui para o sequestro de carbono por meio da bomba de migração vertical sazonal, transportando 65 milhões de toneladas de carbono anualmente a profundidades suficientes para evitar o aquecimento da atmosfera.
Porém, ameaças como aquecimento das águas e pesca comercial de krill podem comprometer essa dinâmica. Em 2020, foram capturadas quase meio milhão de toneladas de krill.
Os cientistas sugerem que os novos achados devem ser integrados aos modelos climáticos, já que, sem essa "bomba biológica", o dióxido de carbono atmosférico poderia ser o dobro do atual. O estudo foi publicado na revista Limnology and Oceanography.