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Oriente Médio: o que esperam estrategistas e analistas dos mercados globais nesta segunda-feira

Investidores aguardam reabertura dos mercados com apreensão diante da escalada de conflitos no Oriente Médio. A alta nos preços do petróleo e a instabilidade geopolítica podem impactar os ativos de risco globalmente.

Mercados financeiros reabrirão na segunda-feira (16), com foco nas tensões geopolíticas entre Israel e Irã, que continuam a se bombardear.

Israel relatou novos ataques com mísseis do Irã, desencadeando um embate que já dura três dias. O petróleo subiu mais de 7% na sexta-feira (13), refletindo preocupações sobre o potencial alastramento do conflito.

Outros ativos, como o ouro e o dólar, também tiveram alta, enquanto os títulos do Tesouro americano enfrentaram pressão devido a novos temores de inflação. O Bitcoin apresentava ganhos no domingo.

Os investidores estão cautelosos, avaliando quanto tempo as tensões podem durar. O Índice MSCI World de ações de mercados desenvolvidos viu sua maior queda desde abril após os ataques iniciais.

O estrategista-chefe de mercado da JonesTrading, Michael O'Rourke, indicou que as ramificações do conflito serão duradouras e que os mercados de ações provavelmente enfrentarão fraqueza.

Os índices de ações do Oriente Médio também caíram, com o principal indicador do Egito registrando sua maior queda em 13 meses. Odiários alemães e aos Estados Unidos estão apresentando incertezas econômicas, exacerbadas pelo conflito Rússia-Ucrânia.

O CEO da Roundhill Investments sugere que, se os preços do petróleo se mantiverem elevados, isso pode ser uma pausa em vez de um pânico, considerando as novas narrativas de mercado.

George Saravelos, do Deutsche Bank, alertou que, em um cenário negativo, o preço do petróleo poderia ultrapassar US$ 120 por barril. A OPEP pode compensar perdas menores, e a situação permanece estável até o momento.

Embora o impacto nas ações seja localizado, a possibilidade de um aumento prolongado nos preços do petróleo pode forçar os bancos centrais a manter taxas de juros elevadas.

O clima continua tenso, e análises sugerem que pode haver uma realização de lucros nas ações. O impacto do conflito pode levar os traders a se concentrarem em commodities e títulos, ao invés de ações.

Segundo analistas, pode ser prudente preparar-se para uma volatilidade prolongada nos mercados, com a possibilidade de uma recessão à medida que a situação geopolítica se desenvolve.

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