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Oráculo previu o futuro? Por que Buffett vendeu Apple antes de tarifas de Trump

Buffett reduz significativamente sua participação na Apple, sinalizando uma mudança na percepção do potencial de crescimento da empresa. Especialistas apontam riscos regulatórios e a concorrência na inovação como fatores que influenciam essa decisão.

Warren Buffett se tornou um dos principais acionistas da Apple (AAPL34) ao longo dos anos, com a empresa ocupando posição central no portfólio da Berkshire Hathaway.

No entanto, antes do anúncio de tarifas de importação pelo presidente Donald Trump, Buffett vendeu uma parte considerável de suas ações. Ele havia aconselhado a Apple em 2012 sobre um programa de recompra de ações, que só foi implementado após a chegada de Tim Cook.

A Berkshire adquiriu mais de US$ 1 bilhão em ações da Apple no início de 2016, e a participação cresceu para 51% do valor do portfólio até 2023, com 915 milhões de ações. No entanto, em 2024, a participação foi reduzida para 300 milhões de papéis.

Além da Apple, a Berkshire também diminuiu a posição em outras empresas, encerrando 2024 com um caixa recorde de US$ 334,2 bilhões.

Analistas, como Guilherme Novello, indicam que a Apple não está mais com preços atrativos e sua velocidade de inovação caiu. A empresa enfrenta desafios para manter sua relação de produção com a China e contornar o impacto da guerra comercial.

Espera-se que a Apple transfira a montadora de iPhones para a Índia para evitar tarifas. Contudo, com o crescimento modesto e riscos regulatórios, a companhia pode estar se distanciando de suas metas de rentabilidade.

A expectativa é que o próximo balanço, previsto para 1º de novembro de 2024, revele uma revisão negativa nas projeções financeiras, à luz das dificuldades enfrentadas.

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