Oposição tem pressa para derrubar IOF, mas MP fica para depois
O Plenário da Câmara se prepara para uma votação decisiva sobre a urgência do projeto que visa suspender o novo decreto do IOF. Líderes da oposição esperam derrubar tanto o decreto atual quanto o anterior na próxima semana.
Votação da urgência para suspender decreto do IOF
A votação da urgência do projeto de decreto legislativo que suspende as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) está marcada para segunda-feira (16/6), no Plenário da Câmara.
Líderes da oposição pretendem derrubar tanto o decreto atual quanto o anterior. O líder do partido Novo, Marcel van Hattem (RS), afirma que o novo decreto representa um aumento de impostos e é uma "agressão" ao Congresso.
O líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), reconhece que a suspensão leva à vigência do decreto anterior, que considera ainda pior. Ele critica o governo por não conter gastos e afirma que estão dispostos a derrubar ambos os decretos.
O presidente da Câmara, Hugo Motta, garantiu que apenas a urgência será votada na próxima segunda. O requerimento de urgência tem apoio do PP, União Brasil, Podemos, Novo e Republicanos. O PSD ainda vai consultar sua bancada.
O líder do Governo, José Guimarães (PT-CE), enfatizou a intenção de dialogar para manter o decreto atual e alertou sobre a necessidade de iniciar discussões sobre o mérito das matérias. Ele também mencionou que cortes e contingenciamentos podem ocorrer se não houver solução.
Quanto à medida provisória, Guimarães afirmou que as discussões ocorrerão após a definição do relator e que continuará a trabalhar para avançar na tramitação da MP até segunda à noite.