Oposição formaliza pedido de CPI do INSS com 184 assinaturas e aumenta pressão pela saída de Lupi
Oposição coleta 184 assinaturas para CPI que investiga fraudes em aposentadorias do INSS. Pressões aumentam para que o ministro Carlos Lupi deixe o cargo enquanto as investigações prosseguem.
A oposição formaliza pedido de CPI para investigar fraudes em aposentadorias e pensões do INSS, reveladas por investigação da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU). O requerimento possui 184 assinaturas.
O autor, Coronel Chrisóstomo (PL-RO), destacou que o pedido conta com apoio de parlamentares de partidos com ministérios, como PSD, PP e União Brasil.
A oposição solicitará encontros com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para a rápida instalação da CPI. As pressões para a saída do ministro Carlos Lupi também aumentaram.
Fila de pedidos: O número de assinaturas excede o mínimo de 171, mas Motta informou haver outros 12 pedidos de CPIs na frente. A Câmara permite apenas cinco CPIs simultâneas.
O vice-presidente da Câmara, Altineu Côrtes (PL-RJ), declarou a importância da CPI do INSS e se comprometeu a dialogar com Motta.
Chrisóstomo defendeu a saída de Lupi, afirmando que ele nada fez para impedir a fraude e que a CPI deve ocorrer sem sua presença no ministério.
Marcel Van Hattem (Novo-RS) celebrou as assinaturas, chamando a situação de covardia e prometeu investigar até as últimas consequências.
Entenda a operação: A PF e a CGU lançaram uma operação para combater descontos não autorizados em aposentadorias e pensões, que resultou em um desvio estimado de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.
Após a operação, o governo suspendeu acordos que previam descontos nas aposentadorias.