Oposição critica governo por conceder asilo a ex-primeira-dama do Peru
O pedido de asilo foi alvo de críticas intensas entre políticos brasileiros, que questionam a moralidade da decisão do governo Lula. A repercussão destaca as divisões políticas em torno da corrupção e do papel do Brasil na proteção de figuras condenadas internacionalmente.
Críticas da oposição ao asilo de Nadine Heredia
Políticos da oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) questionaram a decisão do governo brasileiro de conceder asilo à ex-primeira-dama do Peru, Nadine Heredia, condenada por lavagem de dinheiro.
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) disse que Lula "joga o nome" do Brasil "na lama". Heredia e seu filho menor chegaram ao Brasil no dia 16 de abril, sob a Convenção de Asilo Diplomático de 1954.
O ex-deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) afirmou que o Brasil se tornou "importador de corruptos" e criticou o STF, alegando que Lula e a corte transformaram o país em "porto seguro para criminosos internacionais".
O presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), afirmou que é "imoral" anistiar uma condenada por corrupção ao mesmo tempo em que se mobiliza contra a anistia aos eventos de 8 de janeiro.
Nadine Heredia e seu marido, ex-presidente Ollanta Humala (2011-2016), foram condenados a 15 anos de prisão, acusados de receber recursos ilegais da Odebrecht e do governo venezuelano. Ambos negam as acusações, alegando perseguição política.
Humala é o 2º ex-presidente peruano preso e o 4º envolvido no caso Odebrecht, que agora se chama Novonor.