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Opinião | Tirar dinheiro de aposentados do INSS é chegar ao fundo do poço

Esquema de desvio de R$ 6 bilhões atinge aposentados e gera crise no governo. Indicações de corrupção se espalham entre altos escalões, levantando preocupações sobre a recuperação dos recursos.

Desvio de recursos e corrupção na cultura brasileira afetam pensões e aposentadorias do INSS.

No Brasil, sempre houve esquemas de corrupção em todos os níveis de governo. O mais recente escândalo envolve apropriação de dinheiro público das pensões e aposentadorias, um fato alarmante.

O INSS conta com 23,5 milhões de aposentados: 12,1 milhões de mulheres e 11,4 milhões de homens. Mais de dois terços dos beneficiários recebem menos de um salário mínimo (R$ 1.518), vivendo em situações precárias e muitas vezes sendo a principal fonte de renda de suas famílias.

Esses aposentados foram vítimas de um esquema de roubo de cerca de R$ 6 bilhões. Investigações revelam que o ex-ministro da Previdência, Carlos Lupi, demitido recentemente, estava ciente da situação desde 2023.

A bancada do PDT no Congresso se mostrou indignada, ameaçando retirar o apoio ao governo do PT. Contudo, a primeira reação do governo foi mais preocupada em manter suas posições do que proteger os aposentados.

Após a demissão de Lupi, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeou Wolney Queiroz, que também não sabia do esquema. Lula justificou que essas práticas vêm desde 2019, no governo de Jair Bolsonaro.

O presidente promete anunciar um plano para devolver os recursos aos cidadãos lesados ainda esta semana, mas os estragos causados pela corrupção ainda estão sendo avaliados.

O fundo do poço foi alcançado e resta saber se o governo conseguirá reparar os danos rapidamente.

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