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Opinião | Sem Haddad na Fazenda, risco de aumento de gastos será maior em ano eleitoral

Possíveis mudanças no Ministério da Fazenda levantam preocupações sobre a política fiscal do governo. A saída de Fernando Haddad poderia agravar o descontrole fiscal em meio a pressões por aumentos de gastos.

Ministério da Fazenda negou rumores sobre a saída de Fernando Haddad do cargo em 2024, mas há especulações em Brasília.

A saída antes de abril de 2026 poderia colocá-lo em posição estratégica para a candidatura à Presidência ou para uma vaga no Senado ou governo de São Paulo, dependendo da decisão de Lula sobre a reeleição.

Se Haddad sair, o secretário-executivo Dario Durigan é o candidato mais provável para substituí-lo. Durigan é defensor da política fiscal e busca o equilíbrio das contas públicas.

Entretanto, ele não tem o mesmo peso político de Haddad, o que pode aumentar o risco de um descontrole fiscal próximo das eleições, similar ao que ocorreu em 2022.

Haddad tem sido o principal responsável pela política fiscal sob Lula, atuando de forma isolada diante do vice-presidente Geraldo Alckmin e da ministra Simone Tebet, que têm tido pouca influência na política econômica.

Ele introduziu um novo arcabouço fiscal que limita o aumento de gastos, mas a falta de apoio de Lula para a contenção de despesas gerou desconfiança no mercado financeiro.

Sem Haddad, o risco fiscal para o Brasil tende a aumentar.

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