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Opinião | Quem cai no golpe da vaquinha? Os que votam em Flordelis, Brazão, Zambelli, Ramagem...

Congresso Nacional se prepara para retomar atividades com pautas polêmicas, mas críticas à sua eficácia e comprometimento com a população se intensificam. A fragilidade das instituições e a continuidade do corporativismo despertam desconfiança entre os eleitores.

Congresso Nacional retoma suas atividades após cinco meses de recesso, com o compromisso de votar duas pautas importantes nesta semana:

  • Regras mais claras e rígidas para impedir fraudes contra aposentados e pensionistas.
  • Instalação da CPMI do INSS.

Essa prática de agir em resposta a crises é comum, onde a união em torno de soluções esvazia quando um novo escândalo surge. No Executivo, grupos de trabalho são formados, mas logo esquecidos. No Legislativo, projetos engavetados aparecem repentinamente, sem eficácia real.

As mazelas são antigas, e, embora a bancada pareça renovada, continua despreparada e desconectada das demandas da população. Observadores da política notam que o Congresso está em um estado crítico, exacerbado desde a ascensão de Bolsonaro e a chamada "nova política" em 2018.

Casos de corporativismo extremo se destacam, como o da pastora Flordelis, denunciada em 2020 por manipulação e cassada em 2021, e Chiquinho Brazão, envolvido no assassinato de Marielle Franco, que consumiu R$ 1,5 milhão de recursos públicos durante sua prisão.

A Câmara apresenta um deputado, Alexandre Ramagem, para uma anistia dos mandantes do atentado à democracia, enquanto ignora a condenação de Carla Zambelli a dez anos de prisão por invasão de dados. O Congresso é dominado por um aglomerado de bolsonaristas, Centrão e demais grupos de interesse.

O ex-presidente Bolsonaro ainda exerce influência, levantando questionamentos sobre a aceitação de vergonhosas arrecadações nos últimos tempos, como o pedido de R$ 17 milhões após já ter consumido R$ 8 milhões.

Os eleitores que apoiam figuras como Flordelis, Brazão e Zambelli permanecem alheios aos impactos de suas escolhas, contribuindo para um congresso distante da realidade e frequentemente desprezando as práticas democráticas.

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