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Opinião | Promessas de Trump de trazer paz para Gaza e Ucrânia estão se mostrando uma ilusão perigosa

Trump apresenta propostas de cessar-fogo para Gaza e Ucrânia, mas críticos alertam que são ilusórias e inviáveis. Enquanto isso, os conflitos continuam e os interesses estratégicos se sobrepõem à busca por paz real.

Gíria fugazi, popular entre a comunidade ítalo-americana, descreve algo falso ou ilusório. Tornou-se famosa no filme Lobo de Wall Street, onde é usada para explicar a falta de sentido do funcionamento de Wall Street.

Os planos de Donald Trump para cessar-fogo em Gaza e na Ucrânia são descritos como fugazi, refletindo incertezas sobre sua viabilidade.

Após a posse, Trump ameaçou o Hamas e iniciou uma trégua com o premiê israelense Binyamin Netanyahu. Esse plano em três fases, similar ao de Joe Biden, não avançou devido à oposição de membros radicais do governo israelense.

Recentemente, Israel violou a trégua, alegando necessidade de um ataque preventivo, resultando em mais mortes de palestinos e protestos da população israelense. Netanyahu afirma que a guerra só termina quando Israel atingir seus objetivos, que parecem impossíveis após 18 meses de combate.

Embora líderes do Hamas tenham sido mortos e seu arsenal diminuído, o recrutamento de novos voluntários tem resultado em um ciclo contínuo de violência. A expulsão dos palestinos de Gaza pelo governo de Netanyahu enfrenta forte oposição dos países árabes.

Na Ucrânia, Trump prometeu acabar com a guerra em 24 horas, mas suas negociações refletem mais os interesses estratégicos do Kremlin do que um verdadeiro desejo de paz. Ele demonstrou disposição para sacrificar a Ucrânia em favor de Putin, ampliando sua influência no conflito.

A situação atual favorece a Rússia, que utiliza a redução da ajuda militar dos EUA para consolidar sua posição na guerra, enquanto seus objetivos militares permanecem inalterados: submeter a Ucrânia e manter a Otan afastada do leste europeu.

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