OPINIÃO: Potenciais implicações do tarifaço de Trump ao Brasil
O Brasil enfrenta riscos econômicos devido às novas tarifas de importação anunciadas por Trump, apesar de uma alíquota inicial de 10%. A situação demanda atenção às potenciais repercussões no comércio e na inflação global.
Trump anuncia novas tarifas de importação: alíquota universal de 10% e tarifas diferenciadas por país. O Brasil fica sujeito à tarifa mínima, mas há riscos significativos.
Impactos diretos: as exportações brasileiras, totalizando US$ 40,3 bilhões em 2024, podem ser afetadas por concorrência interna nos EUA. Setores como petróleo (sem tarifas) e aço (com tarifas de 25%) estão em foco.
Monitoramento de negociações: acordos com outros países poderão forçar o Brasil a competir mais, especialmente na agropecuária.
Oportunidades para o Brasil: tarifas menores em relação a outros países podem atrair investimentos.
Efeitos macroeconômicos: aumento do protecionismo pode resultar em menor crescimento econômico global e alta inflacionária nos EUA, afetando a política do Federal Reserve.
Consequências para o Brasil: a aversão ao risco pode aumentar, afetando ativos financeiros e a moeda. O dólar fraco pode favorecer o real, mas a desaceleração da economia chinesa pode pressionar commodities.
Incerteza no panorama: negociações podem amenizar as medidas, mas a visão de Trump para reequilibrar a balança comercial traz mais riscos. Os danos econômicos podem ser barreiras ao aprofundamento dessa agenda.
Conclusão: o Brasil, apesar das tarifas mínimas, enfrenta riscos indiretos significativos que devem ser considerados.