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Opinião | Para combater corrupção no governo Lula, é preciso mais democracia, não menos

A corrupção continua a ser um tema central na política brasileira, mas sua relevância diminuiu entre os eleitores. As recentes denúncias envolvendo membros do governo e a lembrança de escândalos passados reacendem o debate sobre a ética na administração pública.

Campanha presidencial de 2022 teve um ex-presidente preso e um incumbente envolvido em escândalos de corrupção.

Jair Bolsonaro tentou enfraquecer Lula com recordações de corrupção, mas não obteve sucesso. Os eleitores mostraram-se menos preocupados com o tema, que perdeu posições no ranking de preocupações nacionais.

A corrupção permanece presente, especialmente no núcleo duro do bolsonarismo, que usa o tema como justificativa para a ruptura democrática.

Recentemente, a ligação de Lula com a corrupção ganhou novo destaque:

  • Juscelino Filho, ministro das Comunicações, pediu demissão após denúncias de corrupção;
  • Um esquema de fraude no INSS pressionou o atual governo;
  • O STF prendeu o ex-presidente Fernando Collor por corrupção relacionada a Lula.

Defensores de soluções autoritárias para a corrupção estão explorando a situação. Alegam que a democracia e a transparência revelam problemas, diminuindo a confiança nas instituições.

Entretanto, mais democracia é necessária para promover a ética na política. O Índice de Percepção de Corrupção é geralmente mais baixo em países democráticos do que em regimes ditatoriais.

É importante que os brasileiros retomem a consciência da corrupção para enfrentá-la sem cair em tentações autoritárias.

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