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OPINIÃO. O país dos projetos-piloto: por que nada escala no Brasil?

O Brasil enfrenta a repetição de projetos-piloto que não se traduzem em políticas públicas duradouras. A falta de continuidade e estrutura impede a transformação de boas ideias em soluções efetivas para a sociedade.

Brasil: especialista em projetos-piloto

O Brasil é conhecido por testar inovações sem efetivar mudanças duradouras. Estruturas como escolas modelo e aplicativos não escalam, resultando em um cemitério de boas ideias.

Em 2024, o professor James Robinson destacou que a América Latina sofre com o “vício em novidades”, priorizando inovações temporárias em vez de consolidar práticas eficazes.

Exemplos como a escola de Sobral e o prontuário eletrônico nacional mostram promessas mal exploradas. O setor privado também tem sua parcela de culpa, preferindo financiamentos de impacto limitado em vez de implementações reais.

A dificuldade em escalar políticas públicas é um problema documentado. A cientista política Marta Arretche já alertava sobre a baixa capacidade do Brasil em transformar práticas positivas em aprendizado institucional.

Embora o país tenha casos de sucesso, como o Bolsa Família e o PIX, isso é a exceção à regra. Outras nações, como a Coreia do Sul, Ruanda e Finlândia, integram projetos ao sistema nacional, transformando pilotos em soluções permanentes.

O Brasil precisa deixar de ver os projetos-piloto como fins e passar a exigir políticas públicas duradouras. A verdadeira mudança requer transformar a exceção na regra.

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