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Opinião | Netanyahu não se importa com os reféns israelenses no cativeiro do Hamas

Netanyahu enfrenta críticas crescentes por priorizar sua agenda política em detrimento das vidas dos reféns israelenses. As recentes ações militares e denúncias de corrupção revelam um padrão preocupante na condução de sua liderança.

Binyamin Netanyahu não se importa com os reféns israelenses sob o cativeiro do Hamas, afirma o colunista, corroborado por relatos de familiares. O governo israelense estaria usando a situação dos reféns para promover suas agendas políticas.

Apenas oito reféns foram libertados por ações militares, enquanto a maioria retornou via negociações. Entretanto, muitos reféns podem ter sido mortos por ataques aéreos israelenses, conforme relatado por uma refém libertada.

Em resposta, Einav Zangauke, mãe de um refém, está organizando protestos perto de Gaza, ciente de que Netanyahu não irá negociar. A imprensa local destaca que o Hamas mantém seus termos para um cessar-fogo, enquanto Israel encerra unilateralmente essa trégua com ataques aéreos que resultaram em centenas de mortos em Gaza.

A assessoria de Netanyahu divulgou um vídeo direcionado ao público internacional, onde ele coloca a responsabilidade dos eventos unicamente no Hamas, ignorando suas próprias obrigações como líder. A jornalista Tal Schneider afirmou que Netanyahu sustentou o Hamas para enfraquecer a Autoridade Nacional Palestina.

Duas novas questões surgem: o Catar Gate, envolvendo repasses de dinheiro do Catar ao Hamas por intermediários de Netanyahu, e um relatório do Shin Bet que revela falhas de segurança durante seu governo, facilitando o ataque de outubro.

Após isso, Netanyahu tentou demitir o chefe do Shin Bet, mas a procuradora-geral impediu a ação. A intensificação dos ataques a Gaza serviu para suspender audiências sobre os casos de corrupção de Netanyahu e desviar a atenção de suas falhas.

Netanyahu continua em uma posição de poder, mas enfrenta pressão crescente. A expectativa é que, se a paz for alcançada, ele possa ser responsabilizado por suas ações e falhas. Sua verdadeira preocupação parece ser sua própria sobrevivência política, em detrimento dos reféns e da população palestina.

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