Opinião | Não há nenhuma condição de se manter Carlos Lupi como ministro
Idosos são vítimas de esquema criminoso que desvio de aposentadorias, comprometendo a confiança no governo. A pressão sobre o ministro da Previdência aumenta à medida que o escândalo se intensifica e casos se multiplicam.
Escândalo do INSS afeta aposentadoria de idosos em Belo Horizonte.
Uma senhora da cidade teve parte de sua aposentadoria roubada, que é de apenas um salário mínimo. Os recursos foram desviados para associações fraudulentas, que alegam ajudar beneficiários do INSS.
Esse é um escândalo de bilhões que resultou na queda do presidente do Instituto, Alessandro Stefanutto, e outros funcionários públicos. O esquema começou durante o governo Bolsonaro, mas se intensificou sob a gestão do atual ministro da Previdência, Carlos Lupi.
Em Belo Horizonte, após identificação dos desvios, parceiros da idosa tentam descredenciar a entidade, porém sem sucesso. Um aviso no site do INSS exige a presença da vítima em uma agência, o que a obriga a enfrentar filas, mesmo com saúde debilitada.
O governo Lula, que se diz defensor dos mais pobres, deve agir rapidamente. A Polícia Federal e a Controladoria Geral da União já desbarataram a quadrilha, mas a ação política do governo é crucial.
O ministro Lupi, que elogiava o líder do esquema e considerava sua candidatura a deputado federal, enfrenta forte pressão. O sentimento de conivência com a corrupção ressurge entre os eleitores devido a escândalos revelados pela Operação Lava Jato.
É necessário garantir o direito à ampla defesa, mas a incerteza política se agrava. A resposta do governo deve ser firme e efetiva, mostrando que não tolera esses desvios. Quem for conivente com o esquema não deve ficar impune. A pressão sobre o ministro Lupi aumenta, considerando seu histórico de demissão por suspeitas de corrupção desde 2011.