Opinião | Lula tem a chance de corrigir os rumos de sua política externa
O cenário internacional em mudança oferece a Lula uma chance de redirecionar a política externa do Brasil. Com a guerra tarifária de Trump e a fragilidade das relações com os EUA, o país precisa explorar novas parcerias e oportunidades econômicas.
Impacto da Guerra Tarifária de Trump: O presidente americano Donald Trump gera desorganização no sistema econômico e geopolítico mundial com sua guerra tarifária, afetando países como o Brasil, que depende do mercado dos EUA.
Mudança na Diplomacia: O governo Lula enfrenta a falta de apoio à democracia e à agenda climática, diferente da gestão Biden. Trump adota uma postura de ordem hobbesiana, priorizando a lei do mais forte.
Desafios da Política Externa: Lula tenta reverter a política externa, mas se depara com contradições. Sua visão de multipolaridade é obsoleta, enquanto um mundo bipolar emerge, com EUA e China em desacoplamento econômico.
Protagonismo e Controvérsias: Lula retoma o papel regional, mas apoia sem querer Nicolás Maduro em uma farsa eleitoral, optando pela neutralidade em vez de rompimento.
Agenda Ambiental Fragilizada: O Brasil carece de credibilidade ambiental, e Lula deve focar não só em palavras, mas em ações concretas, especialmente com recordes de queimadas.
Reformulação da Política Externa: A crise tarifária de Trump abre a oportunidade para Lula redefinir suas prioridades e engajar com Europa e China, especialmente na COP-30, em novembro.
Oportunidades de Parcerias: Com o isolamento dos EUA, o Brasil pode buscar alternativas como o acordo União Europeia-Mercosul, além de abrir mercados no Japão e na China.
Realismo na Política Externa: O Lula "caixeiro-viajante" nesta nova fase comercial parece mais prático do que sua imagem idealizada como Nobel da Paz.