Opinião | LDO oficializa a implosão do arcabouço fiscal em coletiva esvaziada pela equipe econômica
Previsões apontam para um colapso iminente do arcabouço fiscal em 2027, devido ao aumento descontrolado de despesas obrigatórias. Sem medidas efetivas de contenção, o governo poderá enfrentar um 'shut down' e a perda de credibilidade fiscal.
Arcabouço Fiscal enfrenta colapso em 2027, conforme reportagem do Estadão.
Estudos do governo mostram que despesas obrigatórias estão aumentando rapidamente, comprometendo gastos essenciais e desestabilizando o teto de gastos estabelecido pelo ministro Fernando Haddad.
O orçamento federal possui duas categorias de despesas:
- Obrigatórias: 90,74% da despesa total, aumentará para 99,69% até 2029.
- Discricionárias: sujeitas a cortes.
Esse aumento pode levar o governo a não conseguir pagar contas essenciais, como água, luz e folhas de pagamento, resultando em um possível shutdown.
Antes do colapso, é provável que o governo crie novos furos no teto, minando a credibilidade fiscal. A gestão atual apresentou metas de superávit primário irrealistas, sem implementar contenção de despesas, e aumentou vínculos entre o salário mínimo e o PIB.
Após o calote dos precatórios na gestão anterior, o governo Lula ainda não apresentou soluções adequadas. O STF permitiu que parte desses gastos não fosse contabilizada temporariamente, mas terão que ser incluídos novamente em 2027, restringindo recursos.
A estratégia da Fazenda em relação aos precatórios parece ter falhado, e qualquer tentativa de retirá-los do teto pode resultar em desmoralização completa. Isso pode explicar a escassa participação da equipe econômica em coletiva de imprensa.