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Opinião | Juros sobem para enfrentar os riscos externos e internos

Comitê de Política Monetária opta por aumento da Selic em meio a incertezas globais e pressões internas. A economia brasileira enfrenta os impactos da guerra comercial e a desorganização fiscal do governo, que elevam os custos do crédito.

Comitê de Política Monetária decidiu, por unanimidade, aumentar a taxa Selic em 0,5 ponto porcentual, para 14,75% ao ano.

Não foi indicado um direcionamento para as próximas reuniões, deixando a situação em aberto, devido aos efeitos do tarifaço e da guerra comercial iniciada por Donald Trump.

O Fed dos Estados Unidos também revisou sua política, optando por não ceder às pressões para baixar os juros, pedindo paciência diante dos riscos atuais.

A guerra comercial deverá aumentar a inflação global, resultado do aumento dos custos e mudanças na produção e distribuição.

Espera-se uma desaceleração da produção global, que pode reduzir os preços das commodities, impactando a inflação nos EUA e no mundo.

No Brasil, quedas nos preços de alimentos e combustíveis poderão trazer alguns benefícios, mas não suficientes para levar o Banco Central a cortar juros.

A inflação interna é impulsionada pela falta de compromisso fiscal do governo Lula, conforme destacado pelo Copom.

Os protestos contra os juros altos ignoram a principal causa: a desorganização das contas públicas e a alta dívida, que exigem juros elevados para controlar a inflação.

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