HOME FEEDBACK

Opinião | Governo está te emprestando teu próprio dinheiro? Pedro Fernando Nery explica nova polêmica do FGTS

Crédito consignado privado gera controvérsia ao usar FGTS como garantia, levantando preocupações sobre o acesso ao próprio dinheiro do trabalhador. Críticos apontam que a remuneração do fundo é baixa e questionam o retorno social dos investimentos realizados pelo governo.

Crédito consignado privado, festejado pelo governo Lula, gera controvérsia. Pedro Fernando Nery, colunista do Estadão, questiona: “É emprestar para o trabalhador seu próprio dinheiro e ainda cobrar juros?”

No programa Chame o Nery, ele esclarece o funcionamento do crédito e a polêmica em torno dele.

O crédito do trabalhador é um novo modelo para funcionários CLT, com pagamentos descontados diretamente do salário. Isso garante baixa inadimplência.

No entanto, ao contrário do crédito consignado para servidores públicos, os trabalhadores privados enfrentam o risco de demissão, que pode impossibilitar o pagamento do empréstimo. Para mitigar esse risco, o governo utiliza o FGTS como garantia.

Se o trabalhador for demitido, 10% do saque e 100% da multa rescisória (40% dos depósitos) são direcionados ao banco. Essa dependência do FGTS causa críticas, pois trata-se de um dinheiro pertencente ao trabalhador que fica congelado.

Nery destaca que as críticas se intensificam devido ao rendimento baixo do FGTS e à possibilidade de o trabalhador incorrer em dívidas com juros altos em outras fontes de crédito.

Atualmente, o FGTS é crucial para políticas públicas no Brasil, financiando habitação e saneamento. Contudo, gera descontentamento pela falta de retorno visível para quem contribui, sendo chamado por alguns de “bolsa empreiteira”.

Leia mais em estadao