Opinião | Governo diz estar protegido na guerra de Trump, mas o desafio é ficar perto do fogo sem se queimar
Brasil se considera mais protegido dos efeitos da guerra tarifária de Trump, apesar de prever impactos na economia. Autoridades destacam reservas cambiais e estratégias de proteção como fatores que favorecem o País em meio à turbulência global.
Guerra tarifária de Donald Trump: o impacto global é amplamente negativo, até Elon Musk concorda.
Na quarta-feira, 9, Trump congelou tarifas elevadas, reduzindo a sobretaxa para 10%, exceto para a China, que paga 125% para vender nos EUA.
O governo brasileiro acredita que o Brasil está mais protegido do que outros países em relação aos efeitos dessa disputa. Embora o país enfrentará impactos de uma recessão global, as autoridades ressaltam fatores de proteção.
- Histórico de crises deixou os brasileiros precavidos.
- Baixo nível de endividamento das empresas em dólar e uso de hedge.
- Reservas cambiais acima de US$ 330 bilhões atuam como colchão de proteção.
O modelo de câmbio flutuante e a economia mais fechada do Brasil proporcionam resiliência. O Banco Central, até o momento, tem sido espectador nas turbulências.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mencionou que o Brasil, sendo credores externos e com saldo comercial robusto, tem espaço para estimular a economia se necessário.
“Estamos mais perto da porta de saída do que nossos pares”, concluiu Haddad, ressaltando a necessidade de encontrar um caminho seguro.