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Opinião | Governadores de direita rasgam fantasia de democratas por voto bolsonarista em ato na Paulista

Governadores mudam discurso sobre atos de 8 de janeiro e pedem anistia a condenados. Criticados por suas posições anteriores, eles miram o apoio de bolsonaristas nas eleições de 2026.

Governadores reagem a atos de 8 de janeiro: No dia 8 de janeiro de 2023, apoiadores de Jair Bolsonaro invadiram os prédios dos Três Poderes, pedindo um golpe de Estado. Governadores de diversos estados, como Tarcísio de Freitas (SP), Ronaldo Caiado (GO), Romeu Zema (MG) e Ratinho Júnior (PR), expressaram incredulidade e condenaram a ação na época.

No entanto, no último domingo, esses mesmos governadores defenderam anistia para os condenados pelos atos. Ratinho Júnior, que se destacou por pedir a anistia, afirmou que há uma “inversão de valores” na Justiça. Na época dos atos, ele os chamou de “terroristas” e repudiou suas ações.

Ronaldo Caiado também mudara de posição, afirmando que as penas são excessivas, enquanto Tarcísio de Freitas, único a discursar no recente ato, questionou a racionalidade das penas e defendeu a libertação dos condenados.

Romeu Zema, agora um dos maiores defensores da anistia, lançou um clipe artificial pedindo a soltura dos presos. Anteriormente, ele criticara o vandalismo, mas agora argumenta que os brasileiros não devem pagar pelas punições.

Durante o ato, os governadores ouviram manifestações contra o Judiciário e a imprensa, apesar de pesquisas indicarem que a maioria da população quer que os condenados permaneçam presos.

Essa mudança de postura parece ser um cálculo político para não se afastar do apoio dos bolsonaristas, mesmo que contradiga suas declarações passadas.

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