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Opinião | Gestores da Faria Lima até que rebolam, mas a dança está muito feia

Bancos de varejo se beneficiam da alta da Selic, enquanto os de investimentos enfrentam dificuldades em gerar lucros. Saques recordes em fundos multimercados refletem a insatisfação dos investidores com a baixa rentabilidade em comparação aos papéis do Tesouro.

Bancos de Varejo têm se beneficiado com a alta dos juros, apresentando lucros robustos. Em 2022, os três maiores bancos privados tiveram R$ 74,8 bilhões em lucros, um crescimento de 22% em relação ao ano anterior.

Por outro lado, os bancos de investimento e corretoras enfrentam dificuldades. Com os juros altos pagos por papéis do Tesouro, gestores precisam lutar para superar a Selic, que oferece aos investidores uma aplicação de fácil acesso e alta liquidez. O índice IHFA mostra que os fundos multimercados têm apresentado baixa rentabilidade, perdendo para a Selic em vários períodos, incluindo os últimos 36 meses.

Como resultado, em 2024, os saques nos fundos multimercados atingiram R$ 356,7 bilhões, quase o dobro do ano anterior. Essa situação gera queda na receita e dificuldades para gestores, que não têm conseguido antecipar as tendências de mercado.

Investidores estão optando por retornos mais seguros e menos voláteis, evidenciado pelos saques em fundões. A falta de volatilidade é, na verdade, um cenário desafiador, refletindo a dificuldade do mercado em prever preços de ativos. Essa situação pode levar a uma atitude mais modesta de analistas e estrategistas.

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