Opinião | Câmara sob o risco de virar picadeiro ou abatedouro de mandatos
Deputados celebram aprovação da cassação de Glauber Braga, enquanto manobras políticas acirram o clima na Câmara. A semana é marcada por embates acirrados e um ambiente de tensão crescente entre os parlamentares.
A semana política na Câmara termina com tensão e embates.
Deputados da oposição comemoram aprovação de voto pelo Conselho de Ética que pede a cassação do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), desafeto do ex-presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).
O caso revela uma manobra política dos bolsonaristas para retaliar o PSOL, três anos após a cassação de Daniel Silveira.
Braga é criticado por ter expulsado um manifestante do MBL que o provocou, em meio a embates com figuras influentes como Eduardo Cunha e Sérgio Moro.
Para mostrar sua indignação, Glauber iniciou uma greve de fome, mas a oposição não vê o gesto como significativo.
Deputados de esquerda compararam o julgamento a um circo, ressaltando a imagem negativa da Câmara em momentos semelhantes.
No mesmo contexto, a Comissão de Segurança Pública, dominada por bolsonaristas, aprova projeto que retira armas dos seguranças do presidente Lula, usando uma lógica questionável.
Durante a votação, o deputado Gilvan da Federal fez declarações violentas, sugerindo que gostaria de ver Lula morto, mas se retratou rapidamente.
A sequência de eventos simboliza uma semana tumultuada, onde a Câmara pode ser vista como um abatedouro de mandatos.