Opinião | 1º de maio esvaziado
Mudanças nas expectativas profissionais e na relação com o trabalho impactam a celebração do Dia do Trabalhador. A crescente preferência por autonomia e empreendedorismo destaca a desconexão entre as gerações e as soluções tradicionais de emprego.
Transformações no Mercardo de Trabalho
Os tempos em que um emprego formal era o sonho de muitos estão mudando. Com 7,7 milhões de desempregados, setores como supermercados enfrentam falta de mão de obra.
Atualmente, cinco gerações compartilham o mercado de trabalho, cada uma com objetivos e valores diferentes:
- Geração Silenciosa (1927–1945)
- Baby Boomers (1946–1964)
- Geração X (1965–1980)
- Geração Y ou Millennials (1981–1995)
- Geração Z (1995–2010)
A rotatividade alta no emprego é um reflexo dos conflitos geracionais e da busca por independência. A segurança no trabalho é percebida de forma diferente, dificultando a reintegração de trabalhadores mais velhos.
Há uma crescente desconfiança em relação à sindicalização, com muitos optando por trabalho autônomo ou empreendedorismo, facilitados por aplicativos, na busca de um futuro financeiro mais seguro.
Contudo, o governo Lula e o PT permanecem na abordagem do século passado, insistindo na CLT da década de 1940 e classificando as novas formas de trabalho como precarizadas.
A celebração do 1º de maio já não é a mesma. Este ano, Lula não compareceu aos eventos, optando por um pronunciamento em vez de estar presente, refletindo o esvaziamento simbólico dessa data.