Operadora do aeroporto de Guarulhos pode pedir recuperação judicial que envolve dívida de R$ 1,5 bi
Invepar busca recuperação judicial para lidar com dívidas de R$ 1,5 bilhão enquanto se prepara para assembleia importante. Proteção cautelar obtida na Justiça permite que a empresa negocie com credores até a audiência de segunda-feira.
Invepar se prepara para recuperação judicial após proteção legal contra credores até 16 de outubro.
Companhia, que controla a GRU Airport, promete pedir recuperação judicial envolvendo dívidas de R$ 1,5 bilhão.
Uma assembleia-geral extraordinária votará hoje, 12, sobre o ajuizamento da causa. Acionistas incluem os fundos Previ, Petros e Funcef, além do FIP Yosemite.
A Invepar não se manifestou, mas indicou que busca soluções para os credores. Os três fundos de pensão são credores de R$ 650 milhões em debêntures, juntamente com a Mubadala Capital.
A proteção foi solicitada após vencimento antecipado das debêntures, devido a descumprimento de obrigações por dois meses, somando R$ 30 milhões. Entre as obrigações, constam repasses da Lamsa e venda de participação no VLT Carioca.
O litígio da Lamsa com o município do Rio de Janeiro, que quer retomar a concessão, também levou ao pedido de recuperação. A Mubadala, investidora desde 2017, acredita que a Invepar não está em risco de insolvência.
A participação da Invepar no Aeroporto de Guarulhos não será incluída na recuperação judicial, e a Mubadala já demonstrou interesse no aeroporto.
No último relatório, a Invepar reportou um prejuízo líquido de R$ 40,4 milhões no quarto trimestre de 2024, revertendo lucro de R$ 5,2 milhões no ano anterior. O prejuízo de 2024 foi de R$ 880 milhões, aumento de 436%.
Ao final de 2024, a dívida bruta era de R$ 3,3 bilhões, um aumento de 4,7%. Já a dívida líquida caiu 61,8%, para R$ 478,4 milhões.