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Operação no INSS: descontos de mensalidades subiram de R$ 413 milhões em 2016 para R$ 2,8 bi em 2024

Operação flagra esquema de fraudes em descontos do INSS, resultando em investigações em 14 estados. Cerca de R$ 6,3 bilhões podem ter sido cobrados indevidamente de aposentados e pensionistas.

Investigação da Operação Sem Desconto revela aumento de descontos indevidos em mensalidades do INSS. O valor saltou de R$ 413 milhões em 2016 para R$ 2,8 bilhões em 2024.

O ministro da Controladoria-Geral da União, Vinicius de Carvalho, afirmou que muitos aposentados não reconhecem ter autorizado tais descontos.

Até o momento, a operação identificou um esquema fraudulento de cobranças irregulares, totalizando R$ 6,3 bilhões, conforme informações da Polícia Federal.

Nesta quarta-feira, 23, foram cumpridos 211 mandados judiciais e realizados sequestros de bens no valor de mais de R$ 1 bilhão, além de seis prisões temporárias no Distrito Federal e em 13 Estados.

Os acusados enfrentam várias acusações, como corrupção, lavagem de capitais e organização criminosa. Ao todo, seis servidores públicos foram afastados, entre eles o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto.

Durante a investigação, foi descoberto um policial federal envolvido com o grupo criminoso, que foi afastado de suas funções.

A apuração começou em 2023 e envolveu auditorias em 29 entidades que tinham Acordos de Cooperação Técnica com o INSS. A CGU constatou que 70% dessas entidades não apresentaram a documentação necessária.

Entrevistas com 1,3 mil aposentados mostraram que muitos não autorizaram os descontos ou acreditavam serem obrigatórios. A CGU orienta os aposentados a solicitar a exclusão automática dos descontos pelo aplicativo do INSS.

Carvalho destacou a suspensão de acordos de cooperação técnica com as entidades envolvidas e a necessidade de implementar um sistema de biometria para evitar fraudes futuras.

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