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Ofensiva do setor privado eleva pressão sobre Motta por anulação do aumento do IOF e amplia crise

Setor privado brasileiro manifesta oposição ao aumento do IOF e pede ao Congresso a revogação do decreto. Entidades afirmam que a medida eleva custos de crédito e gera imprevisibilidade para a economia.

Confederações do setor privado brasileiro criticam aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) pelo governo, fazendo apelo ao Congresso para anular a medida. O manifesto ressalta que a decisão gera imprevisibilidade e eleva custos de produção.

Entidades como a CNseg, CNC, CNI, CNA, OCB, CNF e Abrasca assinaram o documento, publicado em um dia de tensões entre o Executivo e o Legislativo. O presidente da Câmara, Hugo Motta, criticou o aumento, afirmando que o país “não precisa de mais imposto” e discutirá sua revogação em reunião com líderes partidários.

A oposição apresentou sete projetos de decreto legislativo para derrubar o aumento do IOF, com propostas de deputados de PL, Novo, União, MDB e Solidariedade. Motta respondeu a declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que responsabilizou o Congresso pela dificuldade em ajustes fiscais.

O governo prevê arrecadar R$ 20 bilhões com as mudanças, mas revogou o aumento do IOF para aplicações em fundos nacionais fora do Brasil. No manifesto, as confederações afirmam que o aumento do IOF poderá elevar os custos para empresas em R$ 19,5 bilhões este ano e R$ 39 bilhões até 2026.

O texto critica o impacto do IOF menor no crédito, destacando que isso pode inviabilizar investimentos e modernização do setor produtivo, afirmando que medidas arrecadatórias desencorajam um ambiente econômico saudável. As entidades ressaltam que o Brasil possui uma das maiores cargas tributárias do mundo e pedem que a arrecadação aumente com o crescimento econômico, não com mais impostos.

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