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Ocidente, como conhecíamos, não existe mais, diz chefe da UE

Ursula von der Leyen defende a Europa como um bastião da paz e da democracia em meio a uma nova ordem mundial. Em sua visão, o continente deve permanecer unido e resiliente contra as ameaças externas, especialmente a interferência russa.

Ursula von der Leyen, presidente da União Europeia, destacou em entrevista ao Die Zeit que a Europa é um projeto de paz, sem oligarcas ou invasões a vizinhos. Ela mencionou que doze países estão aguardando para se tornar membros da UE.

Von der Leyen afirmou que "o ocidente, como conhecíamos, não existe mais", e que as relações internacionais se tornaram mais globais. Ela ressaltou que a ofensiva da UE no debate público busca negociar com os EUA, especialmente após Donald Trump adiar a sobretarifa de 20% sobre produtos europeus.

A UE considera utilizar um instrumento anti-coerção, que poderia prejudicar serviços americanos e taxar grandes empresas de tecnologia. Von der Leyen também destacou benefícios da Europa, como boas escolas, menor emissões de CO2 e alta expectativa de vida.

Em relação à democracia americana, ela lembrou que a consciência europeia sobre a opressão é forte, citando os processos democráticos em países como Portugal e Grécia. A polarização política no continente, segundo ela, é influenciada por mídias sociais controladas por autocracias, como a Rússia.

Von der Leyen ainda comentou sobre as ambições imperiais de Vladimir Putin, afirmando que sua invasão à Ucrânia falhou. Ela elogiou a adesão da Suécia e da Finlândia à OTAN, reforçando sua crença na amizade entre americanos e europeus.

Por fim, ela enfatizou que, embora 13% do comércio global seja com os EUA, a Europa pode oferecer previsibilidade e regras confiáveis para o restante do mundo.

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