'O tsunami está chegando': exportações globais da China devem crescer pós-tarifaço
A ascensão da BYD e o investimento maciço do governo chinês na indústria estão desafiando a hegemonia da Volkswagen e ameaçando mercados globais. Tarifas americanas e tensões comerciais aumentam à medida que a China expande sua capacidade de produção e exportação.
Fábrica da Volkswagen em Wolfsburg, na Alemanha, perde o título de maior do mundo para a BYD, montadora chinesa que constrói fábricas com capacidade de produção duas vezes superior.
Empréstimos: Bancos estatais chineses emprestaram US$ 1,9 trilhão para o setor industrial nos últimos quatro anos, redirecionando recursos de um setor imobiliário em crise.
Aumento da produção: A China utiliza mais robôs industriais que o resto do mundo combinado, com um crescimento de 18% na instalação de novos equipamentos apenas neste ano.
Exportações em alta: Crescimento de 13,3% em 2023 e 17,3% no ano anterior, alimentando preocupações de fechamento de fábricas e demissões globalmente.
Resposta dos EUA: Tarifa de até 181% sobre veículos chineses, implementada pelo governo Trump, provoca reações na China e nas economias aliadas, com líderes chineses condenando as barreiras comerciais.
Mercados alternativos: Montadoras chinesas, impossibilitadas de vender nos EUA, expandem vendas na Austrália e Sudeste Asiático, aumentando sua participação de mercado.
Construção petroquímica: China construiu mais capacidade petroquímica nos últimos cinco anos do que Europa, Japão e Coreia do Sul combinados desde a Segunda Guerra Mundial.
Desafios internos: O colapso do mercado imobiliário resultou na diminuição do consumo interno, levando o governo a focar em exportações para impulsionar a economia, em vez de estimular o mercado interno.
Problemas sociais: Economistas pedem melhorias na rede de proteção social, com pensões mínimas insuficientes, ressaltando a necessidade de mudança nas políticas de gastos do governo.