O 'tsunami diplomático' que ameaça isolar Israel após a última ofensiva em Gaza

O "tsunami diplomático" se aproxima de Israel, conforme a Europa reage à violência em Gaza, descrita como "loucura completa" pelo Ha'aretz.

Essa condenação internacional ocorreu após o assassinato de dois funcionários da embaixada israelense em Washington.

A primeira onda do tsunami veio em 19 de maio, com Reino Unido, França e Canadá emitindo uma declaração conjunta que criticava as ações de Israel em Gaza e advertindo sobre sanções específicas.

Além disso, 24 países doadores condenaram o novo modelo de ajuda humanitária israelense.

No dia seguinte, o Reino Unido suspendeu negociações para um acordo de livre-comércio com Israel e anunciou revisão do roteiro de cooperação estratégica.

Sanções foram impostas a colonos judeus, incluindo Daniela Weiss. A embaixadora israelense em Londres foi convocada para esclarecimentos.

A chefe de política externa da UE, Kaja Kallas, apontou que a maioria do bloco quer revisar o Acordo de Associação com Israel.

As críticas surgem em um contexto de fome em massa em Gaza e uma retórica militar polarizadora de Israel.

O secretário de Relações Exteriores britânico, David Lammy, condenou abertamente o extremismo e chamou a situação de "monstruosa".

Netanyahu enfrenta crescente isolamento diplomático, com aliados históricos pedindo mudanças. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, reconheceu o sofrimento das crianças de Gaza como "intolerável".

Israel, por sua vez, reagiu defensivamente, acusando aliados de apoiar o Hamas. Gideon Sa'ar, ministro das Relações Exteriores de Israel, chegou a insinuar que críticas estariam ligadas ao assassinato dos funcionários.

Trump, por outro lado, permanece em silêncio sobre o conflito, mesmo expressando frustração com a situação.