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O tarifaço de Trump: ataque à soberania brasileira

Tarifas impostas pelos EUA revelam uma estratégia geopolítica que visa minar a autonomia do Brasil. A situação requer uma ação coordenada para diversificar mercados e fortalecer a indústria nacional frente a pressões externas.

Governo dos EUA impõe tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros a partir de agosto, em uma medida que vai além da política comercial. Trata-se de um movimento geopolítico para reafirmar a hegemonia americana em meio a transformações econômicas globais.

Com alegações infundadas como censura judicial e comércio desleal, Donald Trump usa a política tarifária para interferir na soberania nacional do Brasil, um parceiro estratégico.

Os EUA acusam o Brasil de práticas comerciais injustas, mas desde 2009, o Brasil mantém superávit na balança comercial, exportando principalmente bens primários e itens de baixo valor agregado, como:

  • Combustíveis
  • Minério de ferro
  • Carne
  • Máquinas
  • Aeronaves

A relação entre os países é de complementaridade, não de competição desleal. As tarifas afetam setores estratégicos (aço, alumínio, semicondutores e automóveis), mostrando a fragilidade da pauta exportadora brasileira.

Em um contexto de crescente tensão entre EUA e China, Trump busca reindustrializar os EUA, mesmo que isso comprometa o funcionamento do comércio internacional e as regras da OMC.

A adoção das tarifas é uma tentativa de conter o avanço chinês e reafirmar o papel dos EUA como epicentro produtivo global.

No curto prazo, o Brasil enfrenta desafios, com exportações para os EUA representando entre 12% e 13% do total nacional. Regiões como o Ceará são especialmente vulneráveis, com 47,8% das exportações destinadas aos EUA.

A dependência de importações de alto valor agregado dos EUA, como equipamentos médicos e eletrônicos, dificulta a rápida substituição de fornecedores.

É necessário um plano articulado que envolva:

  • Diversificação de mercados
  • Fortalecimento da base industrial
  • Política externa ativa

A NIB (Nova Indústria Brasil) deve guiar uma estratégia de neo-industrialização com foco em inovação e geração de empregos qualificados.

Construir alianças regionais, como no Brics e Mercosul, é essencial para aumentar a inserção internacional do Brasil de forma soberana e menos vulnerável à coerção.

O Brasil precisa repensar seu modelo de inserção internacional e superar a dependência de commodities.

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